Nova Estação de Coimbra para as Redes de Alta Velocidade e Convencional
- Apresentação dos Estudos Urbanísticos para a Entrada Poente e Nova Estação Central de Coimbra (Interface intermodal).
- Abertura ao público da Exposição do Plano de Urbanização da envolvente à nova estação.
- Assinatura do Protocolo de colaboração para o projecto de construção da estação.
A RAVE, a REFER e a Câmara Municipal de Coimbra assinaram hoje o Protocolo de colaboração para o projecto de construção da nova Estação Central de Coimbra, que irá integrar as linhas ferroviárias convencional e de Alta Velocidade, o Sistema de Mobilidade do Mondego e os transportes rodoviários.
Foram apresentados hoje os Estudos Urbanísticos para o Plano de Urbanização da Entrada Poente e Nova Estação Central de Coimbra, abrangendo uma área de 107 ha, adjudicados à BAU, B. Arquitectura y Urbanisme, e coordenados pelo Prof. Joan Busquets (http://www.bau-barcelona.com). A nova estação ficará localizada na proximidade da actual Estação de Coimbra B, e irá potenciar a reconversão urbanística de toda a zona envolvente e desenvolver um novo espaço da cidade, integrando-a na malha urbana e reforçando o impacto positivo desta nova infra-estrutura na economia local. Os estudos desenvolvidos integram uma estrutura verde que se articula com as áreas naturais envolventes, permitindo a continuidade do Vale de Coselhas até ao Choupal. Foi ainda elaborada uma maqueta de toda a zona de intervenção, para ensaio de soluções volumétricas, em particular na zona envolvente à nova Estação de Coimbra, e melhor visualização das soluções alternativas pelas diferentes entidades envolvidas na aprovação do Plano. Esta maqueta foi hoje apresentada e estará exposta ao público nos Paços do Concelho em Coimbra.
Protocolo de Cooperação
O projecto de construção da Estação Central de Coimbra, para as redes de alta velocidade e convencional, é um projecto de interesse nacional, com impacto na esfera de responsabilidades de diversas entidades entre as quais se destacam: A RAVE, a quem compete a coordenação e o desenvolvimento dos estudos e trabalhos necessários à formação de decisões no âmbito do Projecto de Alta Velocidade português, A REFER, como entidade gestora da infra-estrutura ferroviária nacional, e O MUNICÍPIO DE COIMBRA, a quem estão atribuídas responsabilidades em matéria de planeamento na cidade de Coimbra. Para a execução deste projecto, que exige a partilha de informação e a conjugação de esforços das entidades intervenientes, foi hoje assinado um protocolo que define os termos da cooperação entre a RAVE, a REFER e o Município de Coimbra, no desenvolvimento do projecto de construção da Estação Central de Coimbra e da sua integração no tecido urbano envolvente.
A Estação Central de Coimbra
No eixo Lisboa-Porto, do projecto de Alta Velocidade, está prevista a construção da nova Estação Central de Coimbra, que integrará os serviços das redes de alta velocidade, convencional e metro ligeiro de superfície. O programa preliminar da Estação, que será incluído no concurso para a ligação Lisboa-Coimbra (PPP3), contemplará a intermodalidade e interoperabilidade da estação sob o aspecto ferroviário e ainda a ligação ao Sistema de Mobilidade do Mondego, cujo projecto está em desenvolvimento e construção. Este novo complexo intermodal de transportes terá também um terminal rodoviário e um parque de estacionamento, e permitirá uma fácil tomada e largada de passageiros. A localização da Estação Central de Coimbra permitirá um novo enquadramento da sua acessibilidade local, através do prolongamento da Av. Fernão Magalhães, das reformulações da EN111 e da Av. Marginal. Quanto às ligações regionais, está prevista a continuação e fecho do Anel da Pedrulha, com a ligação da EN111 (Figueira da Foz) ao IC2.
Avaliação ambiental
Foi emitida Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável para o troço Soure - Mealhada (Lote B), da Ligação Ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e Porto, com uma extensão aproximada de 70 km. A DIA, emitida a 27 de Abril de 2010 pelo Ministério do Ambiente, foi condicionada à integração no projecto de execução de um conjunto de medidas de minimização, de compensação e de programas de monitorização, a concretizar no Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução.
Neste troço está prevista a nova Estação de Coimbra, a norte da actual Estação de Coimbra-B, na zona do Loreto. A chegada de Sul à futura estação obriga à travessia do Mondego, que será feita em túnel, a jusante do açude Ponte de Coimbra. Imediatamente a norte da nova estação será instalado um Aparelho de Mudança de Bitola (AMB), que permitirá a articulação da Linha de Alta Velocidade com a rede ferroviária convencional, promovendo, assim, a interoperabilidade e a flexibilidade do sistema ferroviário nacional.
Eixo Lisboa – Porto
A linha de Alta Velocidade Lisboa – Porto trará importantes benefícios resultantes da transferência de passageiros e mercadorias de outros modos de transporte para a ferrovia, de que se destacam a redução do tempo de viagem e da sinistralidade rodoviária, a melhoria da qualidade do ar e a redução das emissões poluentes. A análise custo-benefício realizada para este eixo aponta para uma TIR (taxa de rendibilidade económica) de 10,8%. A linha de alta velocidade permitirá uma viagem directa entre Coimbra e Lisboa em 45m e de Coimbra ao Porto em 30m e a redução para menos de metade do tempo actual de viagem entre Lisboa e Porto (de 2h35m para 1h15m). A transferência dos comboios de longo curso para a linha de Alta Velocidade irá reduzir o congestionamento que hoje se verifica na Linha do Norte, e aumentar a capacidade da linha para comboios de mercadorias, suburbanos e regionais, contribuindo para a melhoria destes serviços.
7 de Maio de 2010
Mais informação:
RAVE - Comunicação e Imagem – 21 106 40 00 [email protected]
http://www.bau-barcelona.com
www.rave.pt
www.ouve-semuitacoisa.com