Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Rey Colaço
As comemorações são coorganizadas pela Câmara Municipal de Loures, Infraestruturas de Portugal, Comboios de Portugal, Museu Nacional do Azulejo, Fundação Instituto Marques da Silva e pela investigadora Cláudia Emanuel.
A 26 de fevereiro, data de aniversário de Jorge Colaço, decorre, no Museu de Cerâmica de Sacavém, a Conferência de abertura das comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Colaço, designada "JORGE COLAÇO - CONHECER, DIVULGAR E PRESERVAR". A participação na Conferência é gratuita, limitada à capacidade da sala, com inscrição obrigatória através do endereço de email [email protected], até 19 de fevereiro (nome, profissão e instituição).
"Jorge Colaço nasceu em Tânger em 26 de fevereiro de 1868 e faleceu em 1942, tendo efetuado os seus estudos artísticos em Madrid e em Paris. Foi um notável pintor a óleo com obra exposta em vários locais, nomeadamente no Museu Militar em Lisboa. Mestre e pioneiro do desenho gráfico em Portugal, publicou as suas primeiras «Histórias aos Quadradinhos» em 1893, na publicação A Revista (Ilustração Luso-Brasileira), da qual foi diretor artístico, assim como no semanário ilustrado Branco e Negro (1896-98), no Comércio do Porto Ilustrado (1915) e no Diário de Notícias Ilustrado (1915).
Como caricaturista colaborou nos jornais Branco e Negro, O Dia, A Voz, O Fradique. Evidenciada a sua capacidade para satirizar foi convidado a dirigir o suplemento humorístico do jornal O Século, entre 1897 e 1907.
Em 1903 começou a experimentar um novo suporte para as suas pinturas, o azulejo. Desenvolveu esta experiência a partir da sua ligação à família Gilman, proprietários da Fábrica de Loiça de Sacavém, situação que lhe permitiu ensaiar o seu traço sobre o novo suporte e produzir inúmeros painéis, ainda hoje considerados como obras-primas nacionais. Nesta Fábrica de Sacavém permaneceu até 1923, data em que passou para a Fábrica Lusitânia em Lisboa.
Jorge Colaço pintava azulejo segundo a técnica tradicional, isto é, sobre vidrado cru, mas também aplicando as técnicas da estampilha, estamparia, corda seca. Pintou ainda sobre chacota texturada, utilizou prateados, dourados. Mas principalmente inovou, ao pintar sobre vidrado já cozido! Utilizou também a serigrafia na cerâmica, a quem se atribui, sem certeza, ser pioneiro.
Jorge Colaço, num artigo que ele próprio escreve em 1933, refere ter como base essencial do seu trabalho um lema: Portugal. Pelas razões que o próprio invoca a temática da portugalidade é diversificada, desde cenas históricas, a cenas de carácter militar, cenas etnográficas (rurais e piscatórias), cenas religiosas, episódios da lírica de Camões e de outros autores … um manancial de temáticas a que uma imaginação criativa não ficou alheia.
Do artista são conhecidos mais de 1000 painéis azulejares!"
Cláudia Emanuel
Programa das Comemorações
- Conferência de abertura das Comemorações dos 150 anos do nascimento de Jorge Rey Colaço - "JORGE COLAÇO - CONHECER, DIVULGAR E PRESERVAR" | 26 de fevereiro de 2018 | Museu da Cerâmica de Sacavém
- Exposição "A Estação de Porto - São Bento e a obra de Jorge Colaço" | 28 de outubro a 3 de dezembro de 2018 | Estação de Porto - São Bento
- Reedição do Livro "Estação de São Bento" | novembro de 2018 | Fundação Marques da Silva
- Exposição Jorge Colaço e a Azulejaria Figurativa do seu Tempo | dezembro 2018 | Museu Nacional do Azulejo